"Não vamos permitir desmantelamento das Forças Armadas"

As associações profissionais de militares afirmaram esta quarta-feira que "não vão permitir, de forma nenhuma, que se desmantelem as Forças Armadas".
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O presidente da Associação de Praças, Luís Reis, falava aos jornalistas depois de ter sido recebido, em conjunto com os presidentes das associações de Oficiais e de Sargentos, pelo gabinete do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, a quem transmitiram as suas preocupações e entregaram uma resolução aprovada há dias por unanimidade num Encontro de Militares.

Luís Reis criticou o ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, por ter sido "o primeiro" a apresentar cortes (no âmbito da redução permanente de 4000 milhões de euros na despesa do Estado) e sustentou que "não se pode trazer para a praça pública uma reforma" das Forças Armadas em que não se conhecem os estudos nem as associações participaram no processo.

Perante cerca de duas centenas e meia de militares reunidos junto à residência oficial do primeiro-ministro, o presidente da associação de Sargentos, Lima Coelho, insistiu na recusa dos militares em assistirem ao "desmantelamento e descaracterização" das Forças Armadas - dentro dos limites e competências das associações, adiantou.

A propósito do recém-divulgado estudo comparativo dos salários médios de várias profissões públicas com outras equivalentes no privado, Lima Coelho questionou: "Como é que se afere o valor de mercado" dos membros das Forças Armadas e das Forças e Serviços de Segurança.

O presidente da associação de Oficiais, Manuel Cracel, frisou que as Forças Armadas "estão no limiar mínimo" em matéria de efetivos e que a anunciada redução de mais 8000 efetivos refletirá "uma realidade que se pode traduzir como um desmantelamento e descaracterização" da instituição militar.

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